Sim, é claro que vale a pena. Ter seus dentes naturais, além de tudo que já foi dito até agora, também mantém a auto-estima dos pacientes em alta, imaginando que um dos sinais da velhice, a perda dos dentes não o atingiu ainda.
O que existe é DESINFORMAÇÃO de como cuidá-los corretamente durante a vida e aí, ao chegar na 3.ª idade, a evolução deste processo durante décadas leva à perda dos dentes dos idosos. Os crânios de idosos pré-históricos tinham dentes e em muitos casos, MUITO MAIS elementos dentários remanescentes que os dos homens civilizados (e a maioria com bom osso de suporte). Isto pode ser verificado em qualquer Museu de Antropologia ou de História Natural.
Quando a gente fala em saúde bucal, hoje, todo mundo acredita na importância dos dentes, a começar pela Odontopediatria, que educa pais e filhos para que estes cresçam com sorriso saudável e bonito para sempre. Só que a dura realidade é que as pessoas mais idosas de hoje viveram uma época em que obturações eram feitas “a torto e a direito” e as extrações eram um recurso fácil. Ou seja, vivemos uma transição: crianças com sorriso do futuro e idosos com boca do passado…
Aqui precisa ser colocado o importantíssimo papel da PREVENÇÃO (desenvolvida na década de 50, nos países escandinavos) e o USO DE FLÚOR na água encanada somado à ajuda da Mídia em disseminar informações não só sobre Odontologia, bem como dieta e cuidados de saúde, nas últimas décadas do século passado no Brasil. Os idosos de hoje (os desdentados ou com bocas em péssimo estado de conservação) são o resultado destas gerações desinformadas que tivemos, mas nos países mais desenvolvidos, o índice de pacientes desdentados vem caindo sistematicamente a cada década, o quê levou ao fechamento de algumas Escolas tradicionais de Odontologia europeias, por não haver mais a necessidade de tantos dentistas se formarem anualmente já que a população estava sob controle, mas esta é a realidade de um serviço odontológico governamental socializado, como ocorre em diversos países da Europa. No Brasil, onde não há este suporte efetivo do Estado, são necessários existirem programas preventivos constantes estatais, com suporte das indústrias e dentistas, mantidos por DIVERSOS governos, paras termos uma condição bucal melhor e aproximada dos países mais avançados. Os programas preventivos existentes são localizados e pouco abrangentes, ainda que existam inúmeros projetos curativos nacionais. É preciso que se saia da retórica política e se passe à REAIS ações práticas de ensino preventivo EFICIENTE e CONSTANTE para a maior parte da população. Escolas, Universidades, PSF, Postos de Saúde, Televisão, Rádio, Internet, Outdoors, Revistas, Jornais, TUDO deve ser usado e POR MUITOS ANOS e décadas para se conseguir resultados de uma melhora real no nível bucal com nossa população.
Fonte: Portal do Envelhecimento.
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