A endodontia é uma das especialidades odontológicas mais conhecidas do mercado. Afinal, quem não conhece alguém que já precisou realizar o famoso e temido tratamento de canal? É exatamente o endodontista o profissional mais qualificado para realizar esse procedimento.
Mas apesar de ser muito conhecido, muitas pessoas, inclusive estudantes de odontologia, têm dúvidas a respeito dessa especialidade.
Afinal, o que faz o endodontista? Quais procedimentos, além do tratamento de canal, são realizados por esse profissional? Vale a pena me especializar nessa área? O que preciso fazer para me tornar um especialista em endodontia?
A boa notícia é que se você é dentista e está em busca dessas respostas, está no lugar certo. Nesse post vamos esclarecer essas e outras dúvidas a respeito da especialidade de endodontia.
Portanto, se você quer saber mais sobre essa profissão, continue lendo esse post.
O que é a Endodontia?
Antes de mais nada, é muito importante entendermos o que de fato é a endodontia. Para tal, podemos começar pelo significado da palavra: endodontia vem do grego Endós, que significa “dentro” e Odontos, traduzido para “dente”. Ou seja, dentro do dente.
E de fato, a endodontia é a especialidade odontológica que cuida, trata, diagnostica, previne lesões e doenças da raiz e da polpa dos dentes.
É o campo da odontologia que estuda as cavidades internas dos dentes, identificando problemas pulpares, além das repercussões nos tecidos adjacentes aos dentes. Em suma, é o profissional responsável que trata a parte interna dos dentes.
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Quais os procedimentos realizados pelo endodontista?
Além do tratamento de canal, o procedimento mais conhecido realizado pelo endodontista, existem alguns outros tratamentos que podem ser realizados por esse profissional. São eles: a pulpotomia, ou pulpectomia, a curetagem pulpar e o tratamento expectante.
Vamos falar sobre cada um desses procedimentos a seguir.
Pulpotomia
A pulpotomia é uma espécie de amputação da polpa coronária dos dentes, e tem por finalidade preservar a vitalidade pulpar radicular. Em termos mais simples, consiste em remover apenas a polpa dental coronária que esteja afetada, preservando o tecido pulpar.
É considerado um procedimento menos invasivo e mais conservador, e uma opção em casos onde não há perda total do tecido pulpar do paciente.
Pulpectomia
De fato, o nome que se dá ao mais conhecido ‘tratamento de canal’. Consiste na remoção total do tecido pulpar e do filete nervoso. Após a remoção da polpa, o espaço é preenchido com material adequado.
Curetagem pulpar
Outro procedimento menos invasivo e mais conservador realizado pelo endodontista é a curetagem pulpar. Consiste na remoção superficial de uma polpa dental coronária que tenha sido afetada ou exposta.
É um procedimento importante para garantir que o restante da polpa não seja exposto a nenhum agente externo que possa causar danos a longo prazo.
Tratamento expectante
O tratamento expectante consiste em não remover totalmente o tecido cariado no dente, devido ao risco de exposição do tecido pulpar. Assim, é removida a maior parte da cárie, com brocas e curetas de baixa rotação, para preservar a polpa dentária.
O que o CFO fala sobre essa especialidade?
O artigo 55 da Consolidação das Normas para procedimentos nos Conselhos de Odontologia, desenvolvido pelo Conselho Federal de Odontologia, define a endodontia como:
“a especialidade que tem como objetivo a preservação do dente por meio de prevenção, diagnóstico, prognóstico, tratamento e controle das alterações da polpa e dos tecidos perirradiculares”
Entre as competências desse profissional, trazidas pelo artigo 56 do mesmo documento estão:
1. procedimentos conservadores da vitalidade pulpar;
2. procedimentos cirúrgicos no tecido e na cavidade pulpares;
3. procedimentos cirúrgicos paraendodônticos; e,
4. tratamento dos traumatismos dentários.
A carreira do especialista em endodontia
O especialista em endodontia, assim como outros especialistas na odontologia, pode fazer carreira em diversas frentes. Pode ter consultório ou clínica próprios, atuar como dentista parceiro em clínicas de terceiros, prestar concurso público e até mesmo seguir a carreira acadêmica.
Geralmente, dentistas recém-formados na especialidade buscam mais experiência trabalhando em consultórios de dentistas parceiros alguns dias por semana.
No entanto, muitos profissionais também se especializam para oferecer um novo tipo de tratamento e procedimentos para os seus pacientes em seu consultório próprio. Tudo vai depender do momento que o dentista está na carreira.
Vale ressaltar que, antes de realizar atividades de endodontista, é necessário ter realizado a inscrição no Conselho Regional onde irá atuar. Falaremos mais sobre essas tecnicalidades à frente.
Como me tornar endodontista?
Agora que você já sabe tudo sobre essa especialidade, é importante entender os passos que precisa seguir para se tornar um endodontista.
Assim como em outras especialidades, é necessário cursar uma especialização em um curso regularmente credenciado e reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC).
O curso oferecido pela instituição precisa ter no mínimo 750 horas de duração, e precisa que a área de concentração específica da especialidade tenha no mínimo de 80% da carga horária total do curso.
Após a finalização do curso, é necessário realizar a inscrição no Conselho Regional de Odontologia onde o profissional irá atuar.
Fonte: Dental Oficce
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